Supplementi

Vernissage

DA «MUAMBA», RIO DE JANEIRO, ANIMA, 1985

VERNISSAGE

Há oito horas eu e Marina nos revezávamos no volante do carro, quando finalmente chegamos à cidade. Viajávamos por um dos estados mais pobres do país, mas confiávamos em que na capital encontraríamos melhores hotéis e algum conforto. Nós já estávamos exaustos das longas distâncias que há tantos dias vínhamos percorrendo.
Enchemos o tanque do carro antes que os postos fechassem e fomos procurar um restaurante. A capital daquele estado consistia em apenas uma longa avenida, que começava no aeroporto, utilizado por praticamente todos os que se arriscavam a chegar ou partir dalí, e terminava no Palácio do Governador, um prédio solene que imitava um templo da Grécia Antiga.
Percorremos de carro umas duas vezes aquela avenida, e também algumas ruas transversais, mas não encontramos nenhum restaurante aberto. Talvez porque fosse uma segunda-feira, dia sem movimento, ou talvez os restaurantes de lá fossem afastados do centro da cidade. Por fim, a fome nos apertou de tal modo que antes de procurarmos um hotel, decidimos parar em um botequim e comer de pé uns sanduíches de queijo com refrigerantes.
O balconista parecia sonolento. Espantou umas moscas que pousaram sobre o queijo, e cortou umas fatias grossas, que enfiou no pão. Comíamos em silêncio, interrompido apenas pelo homem que batia um pano sujo contra o vidro do balcão, fingindo que assustava moscas que decerto já lhe eram íntimas. Marina mordia o pão e buscava com o olhar alguma cumplicidade de meus olhos que aliviasse a sua momentânea insegurança.
Enquanto mastigávamos, começamos a perceber um estranho movimento de automóveis diante do botequim. Alguns carros grandes passavam, outros tentavam estacionar por alí, ouvíamos vozes, risadas e portas de carros se fechando. O movimento cresceu tão rapidamente que logo não havia onde estacionar na vizinhança, e víamos os mesmos carros passarem até três vezes diante de nós, à procura de uma vaga.
Resolvemos caminhar até a porta do bar para descobrirmos para onde ia aquela gente toda. Um pouco à direita de onde estávamos, do outro lado da rua, havia uma pequena casa toda iluminada, onde se lia em uma placa de madeira sobre a porta: “Galeria de Arte”.
Marina comprou duas barras de chocolate, pagamos a despesa e saímos do botequim em direção ao carro. Eu havia perdido pelo menos um quilo naquela tarde, consumido na tensão dos caminhões que nos cruzavam e nas ultrapassagens arriscadas. Meu corpo estava dolorido por inteiro, e quando fechava as pálpebras, via faróis crescendo rápido na minha direção. Estava arrasado, e por certo Marina sentia o mesmo.
Atravessamos a rua e para chegarmos ao nosso carro teríamos que passar defronte da tal Galeria, que àquela altura já estava superlotada de convidados, de modo que o tilintar dos copos e as risadas ecoavam nas ruas desertas da capital.
Marina passou o braço com carinho na minha cintura, quando passamos diante da porta da Galeria. Aproveitei a calma do nosso cansaço para dar uma olhadinha para dentro da sala, pelo vão da porta entreaberta. Fiz isto por um impulso infantil, e logo que o meu rosto apontou no ambiente lotado, todos alí olharam em minha direção, seus rostos se abriram em sorrisos largos, braços erguidos e a saudação geral:
– Atenção! Lá está ele! Chegou o nosso artista…
Imediatamente, uma senhora supermaquilada, de cabelos louros armados com fixador, veio buscar-me pela mão e conduziu-me para o centro da sala, onde os convidados abriram uma roda. Por alguma razão distante, a minha surpresa era menor do que seria de se esperar. Apenas procurei o rosto de Marina e o encontrei também sorrindo, com um ar de divertida tranqüilidade.
A dama de cabelos armados foi-me apresentando uma a uma as pessoas presentes, todas elas vestindo roupas caras, mas um tanto exageradas e fora de moda. Elas repetiam palavras gentis, cumprimentos com mesuras de cabeça e calorosos apertos de mão. Pareciam estar todos felizes e orgulhosos da minha presença naquele vernissage.
– Venha cá. Quero lhe apresentar o nosso prefeito, o doutor Correia.
– Muito prazer…
– O prazer é nosso. É uma grande honra tê-lo aqui conosco. E parabéns pela belíssima exposição com que nos presenteou…
Só aí, após o elogio estapafúrdio do tal prefeito, fui atentar para os quadros expostos lado a lado nas paredes da Galeria. Eram paisagens marinhas, pintadas por algum amador, com predomínio de tons azuis e uma técnica impressionista pobre, onde barquinhos escuros eram sacudidos por ondas pontiagudas e irreais. No canto inferior direito, em um tom de marrom puxando para o vermelho, um garrancho desajeitado escrevia o meu nome. Aquilo só podia ser uma brincadeira de mau gosto. Há muitos anos eu só pintava quadros abstratos, e os assinava sempre atrás da tela, para não interferir na composição. Não me recordava de ter pintado uma única marinha em toda a minha vida, incluindo os anos de escola.
– Que tal? – perguntou a minha sorridente anfitriã?
– São meus?
– E já estão quase todos vendidos… Não é ótimo? Aqui está um uisquinho para o nosso artista, e aqui algumas cópias do nosso convite, para guardar no seu porta-fólio…
O convite fora impresso em fino papel acetinado e dobrado em duas folhas. A frente apresentava o meu nome, o local e a data do evento, e a reprodução de uma das pavorosas paisagens marinhas a mim atribuídas. A segunda página trazia o meu curriculum completo. A terceira apresentava um texto sobre as tais marinhas, repleto de adjetivos grandiloqüentes, num estilo pastoso e antiquado. Vinha assinado por um tal de Herval Lombardi, de quem nunca tinha ouvido falar, e logo embaixo do seu nome estava escrito: crítico de arte.
A última página era ilustrada por uma fotografia minha, defronte ao cavalete, com o pincel e a palheta nas mãos, sorrindo para a câmera. Jamais havia visto aquele olhar em mim. Apesar de sorrir, o rosto estava envelhecido, os olhos tristes, quase desesperados. No entanto, não havia dúvida de que aquele era eu mesmo.
Virei para o lado e tranqüilizei-me com a presença próxima de Marina. Dei-lhe os convites para que guardasse na bolsa e tomei de um gole metade da dose de uísque que me serviram. A exaustão da viagem cobrava o seu justo preço. Precisava descansar logo. A cabeça latejava, e as frases rápidas, cortadas por risadas e brindes, tornavam-se incompreensíveis para mim. Puxavam-me pelo braço, homens calvos, de rosto corado pela bebida, matronas curiosas e cheirando forte a perfume francês, diziam coisas excitadas nos meus ouvidos, eu agradecia sem jeito, elas abriam bem os olhos, e logo outro homem desconhecido punha o braço sobre o meu ombro e, como se fosse um amigo de muitos anos, dizia alguma frase maliciosa que esperava que eu compreendesse logo e sorrisse de volta. Eu me sentia  esgarçado, como um único pedaço de carne puxado pelas mandíbulas de muitos lobos famintos.
Procurei novamente por Marina e não a encontrei. Abrí caminho pela multidão suada, atravessando uma densa neblina de fumaça de cigarros e vozes soltas, e avistei Marina do outro lado, no fundo de uma sala contígua, explicando às senhoras que a rodeavam alguma coisa que apontava numa das pinturas marinhas, esta a mais cafona de todas, com um por-de-sol grená e laranja a produzir risquinhos arroxeados sobre as velas enfunadas de três caravelas em fila, provavelmente à caminho da América. Fiquei nervoso com o quadro. Aquilo não tinha nada a ver comigo. Era horrível demais, e destoaria pelo mau gosto até mesmo nos salões nouveau riches das mansões interioranas. Agarrei Marina pelo braço e conseguí afastá-la por alguns instantes das senhoras distintas que a crivavam de perguntas imbecis.
– Marina, pelo amor de Deus, o que está acontecendo aqui?
– Meu amor, estamos na exposição de sua obra na capital do estado.
– Minha obra… esses barcos… Eu não pintei esses quadros horríveis…
– Fique quieto, meu querido. Seu vernissage está sendo um sucesso. Se você sair por aí repetindo isto, vão pensar que você já está bêbado, ou então que está sendo ingrato com os seus patrocinadores.

VERNISSAGE

Da otto ore io e Marina ci davamo il cambio al volante della macchina, quando finalmente arrivammo in città. Viaggiavamo attraverso uno degli stati più poveri del paese, ma credevamo che nella capitale avremmo trovato alberghi migliori e qualche confort. Eravamo ormai esausti per le lunghe distanze che da tanti giorni andavamo percorrendo.
Riempimmo il serbatoio della macchina prima della chiusura dei benzinai e cercammo un ristorante. La capitale di quello stato consisteva appena in un lungo viale, che iniziava dall’aeroporto, utilizzato praticamente da tutti quelli che rischiavano di arrivare o di partire da lì, e terminava nel Palazzo del Governatore, un edificio solenne che imitava un tempio dell’Antica Grecia.
Percorremmo in macchina almeno due volte quel viale, e anche alcune strade trasversali, ma non trovammo nessun ristorante aperto. Forse perché era un lunedì, giorno senza movimento, o forse perché i ristoranti di lì si trovavano distanti dal centro della città. Alla fine, la fame ci afferrò a tal punto che prima di procurarci un albergo, decidemmo di fermarci in un bar e mangiare in piedi qualche sandwich accompagnato da una bibita.
Il barista sembrava assonnato. Cacciò qualche mosca che si era posata sul formaggio e ne tagliò alcune fette spesse che infilò dentro il pane. Mangiammo in silenzio, interrotto appena dall’uomo che sbatteva un panno sporco contro il vetro del balcone, fingendo di spaventare mosche che di certo gli erano ormai intime. Marina mordeva il pane e cercava qualche complicità nei miei occhi che alleviasse la sua momentanea insicurezza.
Mentre masticavamo, cominciammo a percepire uno strano movimento di automobili davanti al bar. Alcune macchine di grossa cilindrata passavano, altre tentavano di parcheggiare lì, ascoltavamo voci, risate, e sportelli di macchine che sbattevano. Il movimento crebbe tanto rapidamente che subito non ci fu dove parcheggiare nelle vicinanze, e vedevamo le stesse macchine passare anche tre volte difronte a noi alla ricerca di un posto.
Decidemmo di camminare sino alla porta del bar per scoprire verso dove andava tutta quella gente. Dall’altra parte della strada, sulla nostra destra, c’era una piccola casa tutta illuminata, dove si leggeva su una placca di legno sopra la porta: “Galleria d’Arte”.
Marina comprò due tavolette di cioccolata, pagammo il conto e uscimmo dal bar in direzione della macchina. Io avevo perso almeno un chilo in quel pomeriggio, consumato dalla tensione dei camion che ci incrociavano e dai sorpassi rischiosi. Il mio corpo era tutto indolenzito, e quando chiudevo le palpebre, vedevo i fari crescere rapidamente nella mia direzione. Ero distrutto, e di sicuro Marina si sentiva come me.
Attraversammo la strada e per arrivare alla nostra macchina dovevamo passare di fronte a quella Galleria, che a quel punto ormai era superaffollata di invitati, sicché il tintinnare dei bicchieri e le risate echeggiavano nelle strade deserte della capitale.
Marina passò il braccio con tenerezza attorno alla mia vita, quando passammo davanti all’ingresso della Galleria. Approfittai della calma della nostra stanchezza per dare una occhiata dentro la sala attraverso il vano della porta semiaperta. Feci questo per un impulso infantile, e non appena il mio volto si appuntò sull’ambiente affollato, tutti si volsero verso la mia direzione, i loro volti si aprirono a larghi sorrisi, con le braccia levate in alto, e in un saluto generale:
–  Attenzione! Eccolo là! È arrivato il nostro artista…
Immediatamente, una signora pesantemente truccata, con i capelli biondi gonfiati dalla lacca, venne a prendermi per la mano e mi condusse al centro della sala dove gli invitati aprirono un cerchio. Per un motivo indefinito, la mia sorpresa era minore di quanto ci si potrebbe aspettare. Ho solo cercato il volto di Marina, e l’ho incontrato anch’esso sorridente, con un aria di divertita tranquillità.
La signora dei capelli gonfiati mi presentò una ad una le persone presenti, tutte con abiti costosi, ma un tantino esagerati e fuori moda. Esse ripetevano parole gentili, complimenti accompagnati da movimenti della testa e calorose strette di mano. Sembravano essere tutti felici e orgogliosi della mia presenza in quel vernissage.
–  Vieni qua. Ti voglio presentare il nostro sindaco, il dottor Correia.
–  Molto piacere.
–  Il piacere è nostro. È un grande privilegio averla qui con noi. E complimenti per la bellissima mostra di cui ci ha omaggiato…
Solo in quel momento, dopo l’elogio strampalato di quel sindaco, feci attenzione ai quadri esposti uno accanto all’altro, sulle pareti della Galleria. Erano paesaggi marini dipinti da qualche amatore, col predominio di toni azzurri e una tecnica impressionista povera, dove barchette scure erano scosse da onde appuntite e irreali. Nell’angolo inferiore destro, in un tono marrone che sfumava nel vermiglio, uno scarabocchio incerto scriveva il mio nome su ogni quadro. Quello poteva essere soltanto uno scherzo di pessimo gusto. Da molti anni io dipingevo soltanto quadri astratti e li firmavo sempre dietro la tela per non interferire nella composizione. Non ricordavo di aver dipinto un solo paesaggio marino in tutta la mia vita, inclusi gli anni di scuola.
–  Cosa ne pensi? –   mi disse la mia sorridente anfitrione.
–  Sono miei?
–  E ormai sono già quasi tutti venduti. Non è ottimo? E qui c’è un whiskino per il nostro artista, e qui alcune copie del nostro invito perché tu le conservi nella tua cartella.
L’invito era stampato su una carta sottile setinata e piegata in due fogli. A fronte  portava il mio nome, il luogo e la data dell’evento, e la riproduzione di uno di quegli orridi paesaggi marini a me attribuiti. La seconda pagina riportava il mio curriculum completo. La terza presentava un testo su queste marine, infarcita di aggettivi magniloquenti, in un stile pastoso e antiquato. Veniva firmato da un tale Herval Lombardi, di cui io non avevo mai sentito parlare, e subito sotto il suo nome stava scritto: critico d’arte.
L’ultima pagina era illustrata da una mia fotografia, di fronte a un cavalletto con un pennello e la paletta in mano, sorridente verso la macchina fotografica. Non avevo mai visto quell’espressione in me. Nonostante io sorridessi, il volto era invecchiato, gli occhi tristi, quasi disperati. Tuttavia, non c’era dubbio che quello ero proprio io.
Mi rigirai e mi tranquillizzai con la presenza di Marina. Le diedi gli inviti perché li mettesse dentro la borsa e tracannai metà dose dello whisky che mi avevano servito. La stanchezza del viaggio richiedeva il suo giusto prezzo. Bisognava che riposassi. La testa pulsava, e le frasi sfreccianti e tagliate da risate e brindisi divenivano per me incomprensibili. Mi tiravano per il braccio, uomini calvi, dal volto paonazzo per il bere, matrone curiose che odoravano di forti profumi francesi, pronunciavano frasi eccitate alle mie orecchie, io ringraziavo imbarazzato, quelle sbarravano gli occhi, e subito dopo un altro uomo sconosciuto metteva il braccio sopra la mia spalla e come se fossi un amico di vecchia data diceva qualche frase maliziosa che sperava io comprendessi subito e sorridessi a mia volta. Mi sentivo straziato, come un unico pezzo di carne tirato dalle mascelle di molti lupi famelici.
Cercai nuovamente Marina e non la trovai. Mi feci strada tra la moltitudine sudata, attraversando una densa nebbia di fumo di sigarette e voci sciolte, e avvistai Marina dall’altra parte, nel fondo di una sala contigua, che spiegava alle signore che la circondavano qualcosa che indicava su una delle pitture marine, la più kitsch di tutte, con un tramonto color bordeaux e arancione che produceva trattini violacei sopra le vele gonfie di tre caravelle in fila, probabilmente in cammino per l’America. Divenni nervoso con quel quadro. Non c’entrava nulla con me. Era veramente tremendo, tanto di cattivo gusto che stonerebbe persino nei salotti dei cafoni arricchiti. Afferrai Marina per il braccio e riuscii ad allontanarla per qualche momento dalle signore eleganti che la crivellavano di domande imbecilli:
–  Marina, per amor di Dio, che sta succedendo qui?
–  Amore mio, siamo alla mostra delle tue opere nella capitale dello stato.
–  La mia opera… queste barche. Non ho mai dipinto questi quadri orribili…
–  Stai buono, tesoro… Il tuo vernissage sta avendo successo. Se tu vai in giro a ripetere queste cose penseranno che sei già ubriaco, oppure che sei ingrato con i tuoi sponsorizzatori…

L'autore

Julio Monteiro Martins

Julio Monteiro Martins è nato nel 1955 a Niterói, Brasile. “Honorary Fellow in Writing” presso l’Università di Iowa, Stati Uniti, ha insegnato Scrittura Creativa al Goddard College, nel Vermont (1979-82), l’Oficina Literária Afrânio Coutinho, Rio de Janeiro (1982-91), l’Instituto Camões, Lisbona (1994), la Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1995), e tra il 1996 e il 2000 ha tenuto corsi in diverse città della Toscana. E’ stato uno dei fondatori del Partito Verde brasiliano e del movimento ambientalista “Os Verdes”. Avvocato dei diritti umani a Rio de Janeiro, è stato responsabile dell’incolumità dei meninos de rua. Nel paese d’origine ha pubblicato nove libri tra raccolte di racconti, romanzi e saggi, tra cui Torpalium (Ática, São Paulo 1977), Sabe quem dançou? (Codecri, Rio 1978), A oeste de nada (Civilização Brasileira, Rio 1981) e O espaço imaginário (Anima, Rio 1987). In Italia Il percorso dell’idea (petits poèmes en prose, con foto originali di Enzo Cei, Vivaldi & Baldecchi, Pontedera 1998), le raccolte di racconti Racconti italiani (Besa, Lecce 2000),La passione del vuoto (Besa, Lecce 2003), madrelingua (Besa, Lecce 2005),L’amore scritto (Besa, Lecce, 2008) e L’irruzione, racconto incluso nell’antologia Non siamo in vendita – Voci contro il regime (a cura di Stefania Scateni e Beppe Sebaste, prefazione di Furio Colombo, Arcana Libri / L’Unità, Roma 2002). Le sue poesie sono state pubblicate su varie riviste, fra cui il quadrimestrale di poesia internazionale “Pagine” e la rivista online “El Ghibli”, e nelle antologie i confini del verso. Poesia della migrazione in italiano (Firenze, Le Lettere 2006) e A New Map: the Poetry of Migrant Writers in Italy (Los Angeles, Green Integer 2006). È stato ideatore dell’evento “Scrivere Oltre le Mura”. Attualmente vive in Toscana dove, oltre a insegnare Lingua Portoghese e Traduzione Letteraria presso l’Università degli Studi di Pisa, dirige e insegna nel Laboratorio di Narrativa, che è parte del Master della Scuola Sagarana, a Lucca, ed è direttore della rivista letteraria on-line “Sagarana”. Nel 2011 è stata pubblicata la monografia sulla sua opera Un mare così ampio: I racconti-in-romanzo di Julio Monteiro Martins, di Rosanna Morace, per la Libertà edizioni, di Lucca. Nel dicembre 2013 è stata pubblicata la sua raccolta poetica “La grazia di casa mia” (Milano, Rediviva).