Supplementi

A princesinha do cospe-grosso – La principessina dello sputo grosso

DA «A OSTE DE NADA», Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1981

A PRINCESINHA DO COSPE-GROSSO

Durante dois anos, frequentei diariamente um botequim apelidado de Cospe-Grosso. Menos às segundas-feiras, porque não abria.
Durante dois anos, ou mais, a partir das oito de todas as noites, o grupo de rapazes e umas poucas moças sentavam em torno de uma comprida mesa, soma de muitas mesinhas ajustadas, para beber e cantar. Principalmente cantar.
Alguns rapazes tocavam violão, mas nenhum tão bem quanto o Roseira. Ele tinha muitas espinhas, daí o apelido. O instrumento ficava quase sempre nas mãos dele, que puxava as canções. Algumas, só ele conhecia a letra. Então cantava sozinho e nós escutávamos em silêncio. Sua voz era muito afinada, suave, e ele sempre sorria enquanto cantava.
Nós não namorávamos mais, e ainda não tínhamos amantes. Vivíamos todos uma fase da juventude que é como um intervalo, um limbo emocional. Trepávamos muito raramente, e nos recusávamos a ficar de mãos dadas com as meninas. Preferíamos beber e cantar. Só não bebíamos mais porque não tínhamos dinheiro.
O Cospe-Grosso, apesar da brincadeira do nome, não era sujo. Era apenas escuro e escondido no fim de um beco. A bebida não era cara, o dono quase sempre sentava à mesa conosco. Ficava aberto até as quatro ou cinco da madrugada, quando todos os outros já há muito haviam cerrado as suas portas. Não sei por quê, isto fazia com que nós nos sentíssemos um pouco marginais. O Cospe-Grosso era livre, e o mais importante, era nosso.
As meninas eram a Rosa, a Neide, a Marlice, a Carla e tantas outras que não lembro mais o nome. Havia também a Princesinha. Quase que só havia a Princesinha. Não que ela fosse bonita ou elegante, de modo algum. Era mais feia que a maior parte das meninas. Não. É forte usar a palavra “feia” para a Princesinha, mas bonita é certo que não era. Magra, muito magra, franzina e de nariz adunco. Duvido até que nós a víssemos de fato como uma menina. Ela era um ser, meio sem sexo, que cantava conosco e fazia muita baderna. Nós todos a amávamos, a nosso modo, sem que ao menos suspeitássemos disto.
Havia uma razão especial para este amor. As garotas chegavam ao bar praticamente juntas, e saiam cedo, lá pelas onze horas. Mas a Princesinha ficava conosco pelo resto da noite. A Princesinha não nos abandonava.
Trocávamos muitos olhares maliciosos com as garotas, e vez por outra fazíamos convites sutis para levá-las para a cama. Elas sabiam que não tínhamos cama alguma, e além do mais tinham que chegar em casa às onze. Até hoje desconheço as razões familiares que pemitiam à Princesinha permanecer conosco. Ela nunca tinha hora para voltar, e se não esperava o alvorecer ao nosso lado era porque, no fundo, sabia que a luz do sol quebraria um certo encanto. O mesmo encanto que nos levou um dia a apelidá-la de Princesinha.
Na verdade, só começávamos a ficar bêbados quando as moças já haviam sumido. Então cantávamos com mais sentimento e entendíamos melhor o significado das letras. Nossas vozes, embargadas, deviam ser horríveis para quem estivesse de fora, mas nós mesmos não as ouvíamos, apenas cantávamos. Princesinha bebia tanto quanto qualquer um dos rapazes, e desafinava muito quando cantava, de modo que nunca sabíamos se estava embriagada ou não. Era fantástico! Ela nos olhava nos olhos como se sempre soubesse o que estávamos sentindo. E nós a amávamos muito.
A natureza real de seu encanto jamais foi descoberta por completo. Sentíamos apenas que, com o avançar das horas, os tantos copos vazios, as luzes mortiças do Cospe-Grosso, ela ia se tornando mais e mais bonita aos nossos olhos. Quando já havíamos bebido além da conta, ela estava sempre linda, a mais bela e perfeita criatura do universo. Seu rosto como que brilhava na penumbra, e qualquer afago seu, um toque em nossos cabelos, um carinho rápido no braço, era o mais querido dos presentes. E ficávamos sorrindo por longo tempo, depois, sentindo a pele ainda a coçar no ponto onde ela tocara.
Sussurrávamos ou berrávamos nossas músicas por dentro da noite, e Princesinha, como qualquer um de nós, enxugava as garrafas de sangria: uma mistura barata de vinho, água e pedaços de maçã, que o Chico, o garçom, de dez em dez minutos jogava na nossa mesa. Jantávamos bem antes de sair de casa, pois qualquer coisa de comer no Cospe-Grosso era cara para nós, e a conta só do vinho, rachada em partes iguais no fim da noite, era pequena para pesar no bolso. Princesinha não pagava. Não porque não pudesse o quisesse, ou por qualquer cavalheirismo de nossa parte. mas simplesmente porque tínhamos pavor de perdê-la um dia, a nossa única paixão das madrugadas, e Deus nos livre de ser este o motivo.
Nossa carência de afeto, de qualquer afeto, era um imenso buraco. Mas Princesinha, com seus carinhos leves e falsamente acidentais, não nos deixava encarar de perto a solidão. Às vezes um dos rapazes procurava seduzí-la com uma conversa mole qualquer. Os outros imediatamente interrompiam o papo e o reprovavam com mil caras. Era justificável que o rapaz tentasse alguma trama sexual. Às vezes esse rapaz era eu mesmo. Mas o nosso medo geral de que Princesinha se magoasse e nos deixasse para sempre era maior que tudo. Preferíamos a certeza diária dos seus afagos rápidos. Por enquanto, isso nos bastava. Era dado a todos igualmente. Acho que morreríamos sem isso.
Talvez ela não nos amasse, não sei. Talvez amasse apenas alguns de nós, ou apenas um, discretamente. Mas a grande razão que a empurrava todas as noites para o Cospe-Grosso era o fato de que sabia que lá ela seria amada e admirada, cobiçada e respeitada, por uma turma de adolescentes famintos, alguns já trazendo no rosto certos traços de um belo homem adulto. – Aí, chegou a Princesinha! – gritávamos. E nossa alegria era tão transparente que ela mesma, no seu íntimo, sentia-se a mais fascinante da mulheres, e subia aos céus.
Ao contrário das outras, as fugitivas, ela tinha sua própria música. Cantávamos sempre juntos, no melhor momento do porre, olhando para ela, onde quer que estivesse. A canção começava assim: “Se você quer ser minha namorada / Oh que linda namorada / Você poderia ser…”
Nun certo fim de semana, ao cabo destes dois anos, meus pais viajaram e deixaram a casa vazia. A casa e suas camas, minhas por duas noites. Telefonei durante a tarde para quatro meninas que conhecia, perguntando se gostariam de dormir comigo. Três responderam “Não!”, e desligaram. Uma disse que talvez, dependendo de um telefonema de uma prima… Achei que não daria mesmo em nada e, após aguardar algumas horas, seguí minha rotina, meio desapontado, para o Cospe-Grosso.
Cheguei bem mais tarde que de costume. As pessoas já estavam bêbadas e eufóricas. Princesinha veio perguntar-me a razão do atraso. Aconteceu alguma coisa?… Então, senti que ela também tinha medo.
Expliquei o que estava ocorrendo, o meu desejo e a minha frustração, e antes que pudesse pedir ao Chico a primeira jarra de sangria, Princesinha já havia apanhado a sua bolsa e, segurando-me pela mão, disse: – Então vamos para a sua casa…
O resto de que me lembro é ter demorado muito para conseguir gozar dentro dela. A Princesinha se chamava Vaneide, Vanilda ou Vanilza, e trabalhava como auxiliar de enfermagem em algum hospital da cidade. Lembro-me também de ter acordado com minha cabeça uma merda no dia seguinte. E de que, como um pardal arisco, jamais entrei novamente no beco do Cospe-Grosso.

LA PRINCIPESSINA DELLO  SPUTO-GROSSO

Per due anni ho frequentato quotidianamente un baretto soprannominato Sputo-Grosso. Meno il lunedì perché era chiuso.
Per due anni, o più, a partire dalle otto di sera, il gruppo di ragazzi e qualche ragazza si sono seduti a una lunga tavola, somma di molte piccole tavole accostate, per bere e cantare. Soprattutto cantare. Alcuni ragazzi suonavano la chitarra, ma nessuno bene come il Roseira. Era pieno di brufoli nella faccia, da lì il soprannome. Lo strumento si trovava quasi sempre nelle sue mani da cui cavava le canzoni. Di alcune, solo lui conosceva le parole. Pertanto cantava da solo e noi ascoltavamo in silenzio. Era molto intonato e sorrideva sempre mentre cantava.
Avevamo già smesso di filare con le ragazze, e non avevamo ancora delle amanti. Vivevamo tutti quella fase della gioventù che è come un intervallo, un limbo emozionale. Facevamo all’amore molto raramente e ci rifiutavamo di tenere per mano le ragazzine. Preferivamo bere e cantare. Non bevevamo di più solo perché non avevamo i soldi.
Lo Sputo-Grosso, nonostante la facezia del nome, non era sporco. Era solo buio e nascosto in fondo a un vicolo. Le bevande non erano care, il padrone si sedeva quasi sempre al nostro tavolo. Rimaneva aperto fino alle quattro o alle cinque del mattino, quando tutti gli altri avevano già chiuso da un pezzo i battenti. Non so perché questo faceva sì che ci sentissimo un gruppo particolare. Allo Sputo-Grosso eravamo liberi di fare quello che volevamo e, soprattutto, era nostro.
Le ragazzine erano la Rosa, la Neide, la Marlice, la Carla e tante altre di cui non ricordo più il nome. C’era anche la Principessina. C’era quasi solo la Principessina. Non che fosse bella o elegante, assolutamente no. Era la più brutta di tutte. No. È pesante usare la parola “brutta” per la Principessina, ma bella certo non era. Magra, molto magra, fragilina e con il naso adunco. Dubito persino che la vedessimo di fatto una ragazza. Era un essere, mezzo asessuato, che cantava con noi e faceva molta baldoria. Noi tutti l’amavamo, a modo nostro, senza minimamente sospettarlo.
C’era una ragione particolare per questo amore. Le ragazze arrivavano al bar praticamente assieme e andavano via presto, intorno alle undici. Ma la Principessina rimaneva con noi per il resto della notte. La Principessina non ci abbandonava.
Scambiavamo molti sguardi maliziosi con le ragazze e, di tanto in tanto, facevamo delle avances allusive per portarle a letto. Loro sapevano che non avevamo nessun letto e inoltre dovevano tornare a casa per le undici. Ancora oggi ignoro le ragioni familiari che permettevano alla Principessina di rimanere con noi. Lei non aveva un orario per rientrare e, se non aspettava l’alba insieme a noi, era perché, in fondo, sapeva che la luce del sole avrebbe rotto un cero incanto. Lo stesso incanto che ci portò un giorno a soprannominarla Principessina.
Per la verità incominciavamo a essere brilli solo quando le ragazze se ne erano già andate via. Allora cantavamo con più sentimento e comprendevamo meglio il significato delle parole. Le nostre voci, impastate, dovevano essere orribili per quelle di fuori, ma noi non ci udivamo, solo cantavamo. Principessina beveva come noi ragazzi, e stonava molto quando cantava, per cui non sapevamo mai se era ubriaca oppure no. Era fantastico! Lei ci guardava negli occhi come se sapesse sempre ciò che stavamo provando. E noi l’amavamo molto.
La natura vera del suo incanto non fu mai scoperta completamente. Sentivamo solo che col passare delle ore, i tanti bicchieri vuoti, le luci smorte dello Sputo-Grosso, lei andava facendosi via via più bella ai nostri occhi. Quando ormai avevamo bevuto oltre il consentito, lei era sempre molto bella, la più bella e perfetta creatura dell’universo. Il suo volto era come se brillasse nella penombra e il minimo sfioramento, un tocco nei nostri capelli, un’affettuosità rapida sul braccio, era il più caro dei regali. E si sorrideva a lungo, dopo, sentendo ancora la pelle brulicare nel punto dove lei aveva toccato.
Sussurravamo o gridavamo le nostre musiche nel cuore della notte e Principessina, come ognuno di noi, prosciugava le caraffe di sangria: un miscuglio a buon prezzo di vino, acqua e tocchi di mela che Chico, il cameriere, ogni dieci minuti ci buttava sulla tavola. Cenavamo bene prima di uscire di casa, perché qualsiasi cosa da mangiare allo Sputo-Grosso era cara per noi e il conto del solo vino, diviso in parti uguali alla fine della notte, era poca cosa per pesare sulla saccoccia. Principessina non pagava. Non perché non potesse o non volesse, o per una sorta di cavalleria da parte nostra. Ma semplicemente perché avevamo timore di perderla un giorno, la nostra unica passione delle ore piccole, e che Dio ci liberasse dal poter essere questo il motivo.
La nostra carenza di affetto, di qualsiasi affetto, era una voragine. Ma Principessina, con le sue carezze lievi e falsamente accidentali, non ci lasciava guardare in faccia la solitudine. A volte uno dei ragazzi cercava di sedurla con delle fesserie poco convincenti. Gli altri immediatamente interrompevano la chiacchierata e riprovavano con mille facce. Era comprensibile che un ragazzo tentasse qualche approccio sessuale. A volte quel ragazzo ero io stesso. Ma la nostra paura che Principessina se la prendesse a male e ci lasciasse per sempre, era più grande di tutto. Preferivamo la certezza quotidiana dei suoi sfioramenti rapidi. Intanto ci bastavano. Venivano dati a tutti in parti uguali. Credo che saremmo morti senza.
Che lei non ci amasse, non lo so. Che amasse solo alcuni, o solo uno, discretamente? Ma la grande ragione che la spingeva tutte le sere allo Sputo-Grosso era il fatto che là sarebbe stata amata e ammirata, desiderata e rispettata da una turma di adolescenti affamati, alcuni con già sul volto i tratti del bell’uomo adulto. – Ecco, è arrivata Principessina! – gridavamo. E la nostra allegria era così evidente che lei stessa, nel suo intimo, si sentiva la più affascinante delle donne, e saliva al cielo.
Al contrario delle altre, le fuggitive, lei aveva la sua propria musica. Cantavamo sempre insieme, sul più bello della sbornia, guardando verso di lei ovunque si trovasse. La canzone cominciava così: “Se tu vuoi essere la mia ragazza / Oh che bella ragazza / Tu potresti essere…”
Un certo fine settimana, in capo a questi due anni, i miei genitori partirono e lasciarono la casa libera. La casa e i suoi letti, miei per due notti. Nel pomeriggio telefonai a quattro ragazzine di mia conoscenza, domandando se volevano dormire con me. Tre risposero “No!” e chiusero. Una disse che forse, dipendeva dalla telefonata di una cugina… Pensai che non avrei concluso niente e, dopo aver atteso alcune ore, ripresi il mio tran tran, mezzo scornato, alla volta dello  Sputo-Grosso.
Arrivai molto più tardi del solito. Gli altri erano già ubriachi ed euforici. Principessina venne a chiedermi la ragione del ritardo. Era successo qualcosa?…Allora sentii che anche lei aveva paura. Le spiegai che cosa stava succedendo, il mio desiderio e la mia frustrazione e, prima che potessi chiedere a Chico la prima caraffa di sangria, Principessina aveva già afferrato la sua borsa e, prendendomi per mano, disse: – Allora andiamo a casa tua…
Il resto che mi ricordo è che ce ne ho messo  prima di venire dentro di lei. Principessina si chiamava Vaneide, Vanilda o Vanilza, e lavorava come inserviente in un ospedale della città. Mi ricordo anche di essermi svegliato con la testa una merda, il giorno dopo. E che, come un passero restio, non misi più piede nel vicolo dello Sputo-Grosso.

 

 

L'autore

Julio Monteiro Martins

Julio Monteiro Martins è nato nel 1955 a Niterói, Brasile. “Honorary Fellow in Writing” presso l’Università di Iowa, Stati Uniti, ha insegnato Scrittura Creativa al Goddard College, nel Vermont (1979-82), l’Oficina Literária Afrânio Coutinho, Rio de Janeiro (1982-91), l’Instituto Camões, Lisbona (1994), la Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1995), e tra il 1996 e il 2000 ha tenuto corsi in diverse città della Toscana. E’ stato uno dei fondatori del Partito Verde brasiliano e del movimento ambientalista “Os Verdes”. Avvocato dei diritti umani a Rio de Janeiro, è stato responsabile dell’incolumità dei meninos de rua. Nel paese d’origine ha pubblicato nove libri tra raccolte di racconti, romanzi e saggi, tra cui Torpalium (Ática, São Paulo 1977), Sabe quem dançou? (Codecri, Rio 1978), A oeste de nada (Civilização Brasileira, Rio 1981) e O espaço imaginário (Anima, Rio 1987). In Italia Il percorso dell’idea (petits poèmes en prose, con foto originali di Enzo Cei, Vivaldi & Baldecchi, Pontedera 1998), le raccolte di racconti Racconti italiani (Besa, Lecce 2000),La passione del vuoto (Besa, Lecce 2003), madrelingua (Besa, Lecce 2005),L’amore scritto (Besa, Lecce, 2008) e L’irruzione, racconto incluso nell’antologia Non siamo in vendita – Voci contro il regime (a cura di Stefania Scateni e Beppe Sebaste, prefazione di Furio Colombo, Arcana Libri / L’Unità, Roma 2002). Le sue poesie sono state pubblicate su varie riviste, fra cui il quadrimestrale di poesia internazionale “Pagine” e la rivista online “El Ghibli”, e nelle antologie i confini del verso. Poesia della migrazione in italiano (Firenze, Le Lettere 2006) e A New Map: the Poetry of Migrant Writers in Italy (Los Angeles, Green Integer 2006). È stato ideatore dell’evento “Scrivere Oltre le Mura”. Attualmente vive in Toscana dove, oltre a insegnare Lingua Portoghese e Traduzione Letteraria presso l’Università degli Studi di Pisa, dirige e insegna nel Laboratorio di Narrativa, che è parte del Master della Scuola Sagarana, a Lucca, ed è direttore della rivista letteraria on-line “Sagarana”. Nel 2011 è stata pubblicata la monografia sulla sua opera Un mare così ampio: I racconti-in-romanzo di Julio Monteiro Martins, di Rosanna Morace, per la Libertà edizioni, di Lucca. Nel dicembre 2013 è stata pubblicata la sua raccolta poetica “La grazia di casa mia” (Milano, Rediviva).